A casa dos sussuros
Os primeiros raios de sol banharam a pequena sala que se encontrava na lateral do castelo de Briev. Era deveras pequena, a iluminação era parca, quase um suspiro de luz. No seu centro havia uma mesa de mármore, pequenas cadeiras do mesmo material estavam a sua volta de maneira desorganizada. Os insetos adentravam pela alta e única janela do lugar, pareciam ter acordado com o raia do sol. A poeira, no entanto, era uma inquilina persistente. Dia após dia ela acumulava ali, como se estivesse demarcando seu espaço. O vento ajudava, claro, as pequenas brisas que invadiam o lugar sempre trazia novidades, as vezes galhos ou folhas, e nesse dia em particular, um pequeno dente de leão. Ele percorreu a sala, visitando, meio que timidamente, as paredes. Lá deparou-se com os retratos, o primeiro, na parede da esquerda, uma mulher, loira, bela, com um grande vestido lilas. Começou a se assentar, o vento não estava afim de leva-la para muito longe.